Medição, Relato e Verificação (MRV) no Brasil 

Orientação Técnica para Métricas de Agricultura Regenerativa e Natureza

Published: October 30, 2025


Empresas do setor agroalimentar e indústrias baseadas no uso da terra devem acelerar a adoção da agricultura regenerativa e do uso sustentável da terra para cumprir compromissos climáticos, proteger ecossistemas e fortalecer cadeias de suprimento resilientes. Para alcançar isso em escala, é necessário alinhar os resultados esperados e adotar abordagens custo-efetivas para medir, relatar e verificar o progresso.

Por meio do WBCSD e do OP2B, 52 empresas e 33 organizações parceiras, representando mais de 1.100 empresas, convergiram em torno de resultados e indicadores centrais para agricultura regenerativa e uso sustentável da terra a nível de reporte global. Trata-se de um conjunto holístico de resultados e indicadores ambientais, sociais e econômicos, alinhado com padrões líderes e áreas de convergência. Este trabalho conecta decisões corporativas, políticas e de investidores com ações nos níveis de fazenda e paisagem (por meio da SAI Platform).

Por que MRV? Sistemas de MRV eficazes foram identificados pelas empresas associadas do WBCSD como um fator crítico para a implementação de indicadores baseados em resultados para agricultura regenerativa e uso sustentável da terra.

Os setores agroalimentar e de uso da terra precisam urgentemente de abordagens de MRV robustas, escaláveis e harmonizadas para medir impactos de forma confiável, informar decisões estratégicas e desbloquear financiamento para acelerar ações e resultados no campo. Sem harmonização, a avaliação significativa de impacto é comprometida, gerando incertezas para empresas, investidores e outras partes interessadas.

O Landscape Accelerator Brazil (LAB) promoveu a convergência em torno de um conjunto de métricas centrais para viabilizar a transição regenerativa no Brasil. Isso inclui o mapeamento de diretrizes existentes, tanto globais quanto brasileiras, para identificar abordagens comuns de resultados relacionados ao clima, natureza, meios de vida e economia.

Este documento é uma primeira versão de uma orientação prática e sensível ao contexto brasileiro sobre como organizações podem medir, relatar e verificar o progresso em resultados regenerativos no Brasil. Isso inclui o alinhamento com metodologias globais emergentes, levando em conta as realidades locais de implementação, como disponibilidade de dados, custo de implementação, capacidade técnica e obrigações de relato existentes.

Contate André Amaral, Senior Associate, Agriculture and Food, para mais informações em amaral@wbcsd.org.