Paisagens regenerativas oferecem um caminho transformador para alinhar a produtividade agrícola com a ação climática, a conservação da biodiversidade e a prosperidade dos produtores rurais. No entanto, o ritmo e a escala de adoção precisam aumentar para atender às demandas locais e globais de sustentabilidade.
Em resposta a esse desafio, o Landscape Accelerator: Brazil (LAB) foi lançado em 2025 como uma iniciativa multissetorial liderada pelo setor privado, no âmbito da Agenda de Ação da COP28 para Paisagens Regenerativas (AARL). A missão do LAB é acelerar a transformação regenerativa de paisagens-chave no Brasil – começando pelo Cerrado e pela Amazônia – gerando benefícios de longo prazo para produtores, resultados positivos para o clima e a natureza, e cadeias de suprimento mais resilientes.
O Plano de Ação do LAB apresenta uma visão clara para escalar o uso regenerativo da terra por meio de financiamento misto (blended finance), políticas públicas alinhadas e sistemas robustos de monitoramento.
O LAB é uma iniciativa conjunta do WBCSD, do Boston Consulting Group (BCG) e do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em colaboração com parceiros institucionais como o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil e o Governo do Estado do Pará.
Nossas associadas
Nossa abordagem
Em 2025, o LAB alinhou atores-chave em torno de uma missão compartilhada, estruturada em três pilares interligados: financiamento misto (blended finance), métricas e MRV (monitoramento, relato e verificação), e políticas públicas.O WBCSD, junto com o CEBDS e o BCG, atua como co-intermediário, reunindo empresas-membro da cadeia agroalimentar e outros atores estratégicos para definir prioridades e ações que acelerem a transformação regenerativa do Cerrado e da Amazônia.
O LAB definiu a ambição de mobilizar até US$ 5 bilhões em co-investimentos até 2030. Foram mapeadas oportunidades de investimento e estruturas de capital híbrido que combinam capital catalítico/concessional, crédito público subsidiado, dívida/capital comercial e apoio direto aos produtores (como doações e assistência técnica).
O LAB também harmonizou um conjunto de métricas nos eixos de clima, natureza e dimensões socioeconômicas, criando orientações práticas de MRV adaptadas ao contexto brasileiro. Confira a orientação técnica completa aqui.
O LAB construiu consenso em torno de quatro prioridades de políticas públicas que podem impulsionar o investimento privado, relacionadas ao fortalecimento da aplicação das normas de uso da terra; modernização do sistema de cadastro rural; expansão de incentivos e assistência técnica, especialmente para pequenos e médios produtores; e integração do uso da terra ao novo sistema brasileiro de comércio de emissões.
Próximos passos
Em 2025, o LAB se consolidou como o principal hub de alinhamento multissetorial liderado pelo setor privado em prol da transformação regenerativa no Brasil.
A partir de 2026, o LAB evoluirá para uma plataforma de ação, mobilizando co-investimentos e fortalecendo os motores sistêmicos que permitem escalar as paisagens regenerativas no Brasil, em duas dimensões complementares:
- • Escala de paisagem: acelerar investimentos em cadeias de valor e regiões prioritárias; aprimorar o MRV para adoção em larga escala.
- • Escala macro: servir como hub para ativar finanças híbridas e alavancas de políticas públicas; facilitar parcerias multissetoriais, diálogos e aprendizado entre projetos.
Nosso objetivo é alinhar prioridades coletivas e coordenar investimentos entre nossos membros corporativos, em colaboração com parceiros financeiros, públicos e da sociedade civil – especialmente instituições e iniciativas brasileiras.